"......a convite do seu congénere de Porto da Cruz (uma freguesia do concelho de Machico), o Orfeão da Comenda deslocou-se à Madeira..."
No quadro de um profícuo intercâmbio cultural e a convite do seu congénere de Porto da Cruz (uma freguesia do concelho de Machico), o Orfeão da Comenda deslocou-se na passada sexta-feira, 27/03/2009 à Madeira, para actuar no Centro Cívico daquela bonita vila da costa norte da ilha. A embaixada comendense, que permaneceu na Pérola do Atlântico até segunda-feira, 30 de Março, teve o ensejo, a satisfação e o orgulho de participar num bem sucedido espectáculo de canto polifónico, que contou, igualmente, com a participação das excelentes formações (infantil e sénior) do seu generoso anfitrião : a Associação Grupo Cultural Flores de Maio.
O espectáculo (muito aplaudido) abriu com o Coro Infantil da Associação Flores de Maio, dirigido pela senhora Professora Zelinda Caldeira. Actuou, seguidamente, o Coro principal da referida agremiação cultural (constituído pelos elementos que, em 2008, haviam visitado a Comenda), regido pelo senhor Professor Virgílio Caldeira. E encerrou com o nosso orfeão, orientado, como é habitual, pelo maestro Domingos Redondo. O concerto foi seguido por muita gente da terra e também pelo senhor Presidente da Câmara de Gavião e Vereador da Cultura do nosso Município, que nos acompanharam e apoiaram nesta memorável viagem.
Antes e depois do referido espectáculo, foi oferecida aos comendenses a oportunidade de dar umas voltas pela ilha de Zarco, que lhes revelaram alguns dos aspectos mais belos daquela porção do território nacional situada a pouco mais de uma hora de voo de Lisboa. Foi assim que, com o concurso do Zeca e do Orlando, os nossos simpáticos e sempre disponíveis guias, pudemos visitar alguns dos mais emblemáticos lugares da ilha da Madeira : a bonita e arejada cidade do Machico (onde ficámos hospedados), o Funchal, urbe cosmopolita e verdadeiramente sedutora, a Ponta do Garajau (com a sua imponente estátua ao Cristo Rei), Santa Cruz, o Caniçal, Santana, São Jorge, São Vicente, a Ribeira da Janela e o lindíssimo Porto Moniz. Além, naturalmente, da vila de Porto da Cruz, a terra dos nossos amigos madeirenses, localidade dominada por um impressionante e altíssimo morro, a Penha da Águia.
O interior da ilha também não foi descurado e foi assim que tivemos a oportunidade de passar pelo Pico do Areeiro (cuja beleza nos foi, infelizmente, vedada por uma inoportuna e persistente neblina) ou pelo Ribeiro Frio, um lugar com uma flora riquíssima em espécies endémicas, ciosamente preservada pelas autoridades regionais e por todos os madeirenses.
A impressão que nos ficou na memória (até uma próxima visita, quem sabe ?) foi a de que a ilha da Madeira corresponde verdadeiramente àquilo que dela dizem os cartazes turísticos : é uma terra charmosa, abençoada pelos deuses, que a presentearam com paisagens de sonho e a ornamentaram com uma profusão de flores e de plantas ornamentais e frutíferas verdadeiramente excepcional. As levadas e as numerosas quedas de água acrescentam um encanto particular à ilha que, merecidamente, recebeu o apodo de Pérola do Atlântico. Resta sublinhar que os comendenses ficaram deveras impressionados com os actuais níveis de desenvolvimento da ilha da Madeira, particularmente visíveis a nível de equipamentos viários, portuários e aeroportuários, mas também de escolas e de outro equipamento de natureza cultural. Aproveitamos aqui a oportunidade para agradecer muito encarecidamente à senhora Directora e ao pessoal docente, auxiliar e da cantina da Escola do Machico que tão carinhosamente nos receberam (e apaparicaram) durante a nossa inesquecível estadia.
Os nossos agradecimentos estendem-se também, naturalmente, ao senhor Professor Virgílio Caldeira e a toda a Direcção da A.G.C.F.M. de Porto da Cruz, assim como à sua participativa massa associativa. E ao povo da vila, aos madeirenses em geral e a todas aquelas pessoas que simplesmente nos ofereceram a sua hospitalidade e nos manifestaram a sua simpatia.
Mais duas ou três linhas para terminar este modesto e incompleto relato. Esta viagem à ilha da Madeira permitiu também a muitos componentes do Orfeão da Comenda – Estrela da Planície e a alguns acompanhantes de efectuar o seu baptismo de voo. A viagem revelou-se tão agradável em todas as suas fases, que esses caloiros se mostraram encantados com a experiência e acabaram por se render à evidência : o avião é, afinal, o mais rápido, o mais confortável e o mais seguro de todos os meios de transporte.
Viva a Comenda e o seu Orfeão ! –Viva a ilha da Madeira, a Associação Flores de Maio e o povo de Porto da Cruz !
Manuel Monteiro Silva